quinta-feira, 5 de agosto de 2010

A Fabulosa Eleição (ou... Como decidir seu voto, para iniciantes)

Cartazes, folhetos, banners, musiquinhas adoráveis em carros de som, carreatas com muitas buzinas e roncos de motores, shows gratuitos de pagode, sertanejo e axé e, por último, mas não menos importante, programas obrigatórios diários na televisão e no rádio. É isso mesmo, gente, a Campanha Eleitoral está de volta! E agora com o risco de invadir o mais badalado meio de comunicação do momento: o twitter (à propósito, o meu é @cabralguto).
Na verdade eu até que gosto do período de campanhas eleitorais - particularmente este ano, pois poderemos diversificar um pouco nossas piadinhas, afinal o Felipe Melo e o Bruno já saíram de moda -, mas minha preocupação são mesmo os 4 anos seguintes. Será que a educação finalmente ganhará a atenção que lhe é devida? Será que vão atacar a violência? Talvez a questão social seja resolvida, ou, quem sabe, o crescimento e a estabilidade econômica sejam o foco. 

São várias as questões que devemos pensar antes de decidir quem vai (ou não) levar nosso voto. Para escolher o próximo Godfather é fundamental que consideremos a característica do Candidato, vou explicar o porquê.


O Brasil é um país enorme e com diversos problemas pontuais. Temos problemas no setor fiscal e tributário (que é o combustível do veículo Brasil), saúde, educação, distribuição de renda (embora tenha melhorado significantemente nos últimos anos) e a velha burocratização atrofiada da máquina pública (entendam este ponto como "5 loiras para trocar uma lâmpada" - ou 5 portugueses, ou ainda 5 Dungas, tanto faz. Em todo caso, queridas e belas oxigenadas, perdoem a referência). 
Partindo deste pressuposto é importante termos em mente que nenhuma próxima gestão irá fazer todas as correções e investimentos necessários para transformar a nação, mas sim uma sucessão de governos, cada qual com sua característica, de acordo com o momento em que o País se encontra.
Funciona tal como o futebol: há técnicos que escalam o time pra frente e atacam a maior parte do jogo e há técnicos que montam o time fechado e jogam no contra-ataque. Ah sim, há técnicos como o Dunga também, que tem como característica... é... que prefere... acha que... joga com... enfim, que se veste bem. Na política acontece a mesma coisa.

Mas qual a característica da Dilma Rousseff? Com que se preocupa o José Serra? O que a Marina Silva tem a oferecer? Essa é a pergunta de vez! Estamos na era da informação livre, qualquer um pode aprender sobre qualquer coisa, basta querer. Há muita coisa por aí que precisamos ler, conversar, discutir, aprender e pensar antes de tomarmos essa importante decisão. Por exemplo, vocês sabiam que há 9 (nove!) presidenciáveis e não apenas 3 como tem se falado por aí? Pois é, são eles (em ordem alfabética): 
Dilma Rousseff (PT); 
Ivan Pinheiro (PCB); 
José Maria Eymael (PSDC);
José Serra (PSDB);
Levy Fidélix (PRTB);
Marina Silva (PV);
Plínio Arruda Sampaio (PSol);
Rui Costa Pimenta (PCO) e
Zé Maria (PSTU). 

Incrível, não? Acredito que todos (ou a maioria) seriam importantes para o desenvolvimento completo do país, porém não podem estar juntos (e na verdade, nem funcionariam juntos, um travaria as medidas do outro). Acho que a grande questão é pensarmos qual é o momento em que o país se encontra e nos perguntarmos: "o que o Brasil precisa agora?". Confesso que ainda estou indeciso, mas bastante inclinado para um dos 9. E você?

E lembrem-se do conselho de Don Vito Corleone: 
"Nunca odeie seus inimigos, isso afeta seu julgamento". 

Links complementares:
"Dos 9 presidenciáveis, 6 escreveram ou foram retratatos em livros" (G1) - Confira os livros escritos por (ou sobre) 6 candidatos.
"Currículo dos 3 Principais Candidatos" (Blog Comédia) - Desconsiderem o Ciro Gomes, ele não é candidato.

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4 comentários:

Priscilla Malta disse...

Pra variar, cheio de piadinhas, né?
Eu li um dos links que você mandou, Currículo dos 3 Principais Candidatos e entendo que o currículo "puxa sardinha" para o lado do Serra, coloca a Dilma como a grande vilã, destruidora do país, oportunista e despreparada(e eu concordo com isso,rs) e mostra a Marina como uma pessoa boa, interessada em mudanças mas que também esconde os seus podres. Acho prudente você avisar os seus leitores que considerem as opiniões políticas do autor. Nenhum autor é totalmente imparcial!
Sobre o Serra, não voto nele. Nem na Dilma. Mas, naquele livro que você me deu do Narloc, ele fala alguma sobre o Serra na parte dos comunista. Enfim, vou reler e darei os detalhes!
No mais, muito interessante o seu texto, pra variar...

5 de agosto de 2010 às 15:59
Guto Cabral disse...

Pois é, o "currículo" parece meio tendencioso ao Serra e anti-Dilma. Mas eu até acho que eles são aquilo mesmo...
Mas já que vc tocou no assunto, assim como vc, não votarei em nenhum dos dois.

Pra quem lê os comentários alheios, o livro do Narloc que a Priscilla se refere é o "Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil". Dei a ela quando ela começou o curso de História lá na UERJ. O livro parece interessantíssimo, recomendo.

5 de agosto de 2010 às 16:29
Unknown disse...

Estava eu debruçada na minha falta de esperança na política, quando resolvi tomar uma atitude e começar a pesquisar, por puro divertimento, sobre quem será o "menos pêór" nessas eleições.

Estou montando um follow up com comentários interessantes e depois vou compartilhar contigo. Se achar interessante, insira no blog.

Hoje eu recebi um "BOM DIA" do Pr. Israel Belo e junto com a mensagem veio o link "EU PREFIRO VOTAR!" do Pr. Lécio Dornas.

http://www.prazerdapalavra.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=3220:eu-prefiro-votar-lecio-dornas&catid=1491:lecio-dornas&Itemid=7892

Vale a pena a leitura.
Abraços.
Patrícia Rosa

20 de agosto de 2010 às 12:35
Professora Vanusa disse...

Peraí... o currículo está tendencioso, mas eles são aquilo mesmo? Sei não, mas, na minha humildade de leitora, desconfio que só se pode considerar uma coisa ou outra. são afirmações excludentes. Se eles são aquilo mesmo, o curriculo está imparcial, não tendencioso. Já se está tendencioso, desconfio, no sentido estrito e no sentido lato, eles não são "aquilo mesmo". Será que ver essas contradições é coisa de professor de português? Ou será senso crítico demais "a essa hora da manhã"? Ai ai ai que desesperante!! rsrs

30 de setembro de 2010 às 08:00

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